Mais uma criança morre na rede pública do DF – ‘Médica pediu perdão’, diz mãe

Na última terça-feira (21), uma família denunciou a morte de uma neném recém-nascida por complicações causadas durante o trabalho de parto no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A bebê tinha apenas 3 dias de vida.

Isadora Cristina de Sousa é a mãe da bebê e  registrou uma reclamação na ouvidoria do GDF porque, segundo ela, uma médica da equipe assumiu a responsabilidade pela demorada para realizar o parto. Apesar de ter o pedido para internação, a mulher somente conseguiu realizar a cesária

mais de uma semana depois.

“Ela veio até mim, me abraçou, pegou na minha mão, pediu perdão. Ela falou ‘perdão, é culpa nossa. Nós somos os únicos responsáveis’, e saiu aos pratos de dentro da sala. Mas já era tarde, né?”, conta a jovem de 27 anos.

*Entenda*

Isadora Cristina de Sousa, a mãe da bebê, explica que  com 38 semanas de gestação teve  picos de pressão alta e recebeu um encaminhamento da médica que a acompanhou durante o pré-natal para que ela fosse internada e fizesse uma cesárea.

“A médica que estava no plantão ao qual eu fui atendida falou que não era assim que funcionava, que tinha que esperar o bebê querer vir. Eu voltei para casa do dia 9 até sexta-feira, a última sexta-feira, quando resolveram me internar”, diz a mãe.

A jovem explica que, depois da internação, ficou mais de 24 horas tomando medicação para induzir o parto normal, mas não produziu nenhum efeito. Quando os médicos foram conferir os batimentos cardíacos do bebê, perceberam que o coração dela estava perdendo as forças.

A cesárea de emergência foi feita sábado (18) à noite. A bebê precisou ser reanimada diversas vezes e foi levada para a UTI, mas na manhã desta terça-feira (21), ela não resistiu e morreu.

O que diz a Secretaria de Saúde

“A Secretaria de Saúde informa que a paciente Izadora Cristina de Souza realizou consultas de pré-natal na Unidade Básica da Rede.

A mesma foi internada no Hospital Regional de Taguatinga para realização do parto no dia 17 de maio.

A pasta destaca que, durante a internação, foi avaliada a vitalidade sem intercorrências . Foram realizadas escutas seriadas do feto e a mãe permaneceu em observação com indução do trabalho de parto, recebendo todas as orientações necessárias.

Por fim a pasta informa, que durante o trabalho de parto foi indicada cesárea de emergência.

A pasta esclarece que o bebê nasceu necessitando de reanimação. Após essas manobras de reanimação, foi encaminhado à UTI Neonatal do mesmo hospital, onde permaneceu por 2 dias sob cuidados intensivos.”

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